Jason Becker: uma história de superação
Pra quem não conhece Jason Becker, vamos a um breve resumo sobre essa grande personalidade do rock! Jason foi um guitarrista virtuoso que, aos 16 anos, impressionava pela sua maneira de tocar, sendo comparado a medalhões como Steve Vai e Yngwie Malmsteen. Tudo começou quando ele tinha 3 anos de idade e seu pai Gary Becker, que tinha estudado violão erudito, presenteou o garotinho uma guitarra de presente e começou a lhe dar aulas.
Com influências de renome como Bob Dylan, Eric Clapton, Jeff Beck e Eddie Van Halen, entre outros. Jason praticava durante horas a fio, inclusive estudando a obra do violinista italiano Niccolò Paganini. Com a banda Cacophony, gravou dois álbuns: Speed Metal Symphony, em 1987, e Go Off!, em 1988. além de um álbum solo, Perpetual Burn, em 1988.
O Cacophony fez turnês por vários países, entre eles Japão, Alemanha, Inglaterra, França e por fim toda Europa O céu realmente era o limite para o jovem Jason. Musicalmente, ele estava a cada dia ganhando mais destaque na imprensa mundial e encantava pelas técnicas inusitadas de solos que incluíam ioiôs…
… até que…
A fatalidade
Com 20 anos, Becker foi convidado para a banda de David Lee Roth para substituir Steve Vai, que havia deixado o grupo. Ele começou a gravar o álbum A Little Ain’t Enough em 1990 e ganhou o prêmio de “guitarrista revelação” da revista Guitar Magazine.
O futuro da carreira de Jason parecia não ter limites, graças ao seu reconhecimento como guitarrista. As coisas iam cada vez melhor até que, ainda durante as gravações de A Little Ain’t Enough, ele começou a mancar da perna esquerda, alegando fraqueza.
Por um tempo, Becker tentou ignorar o problema, mas após enorme pressão de seus amigos e familiares, resolveu ir ao médico. Constatou-se, então, a manifestação da Doença de Lou Gehrig, também conhecida como ALS – esclerose lateral amiotrófica, uma doença degenerativa e incapacitante – até hoje sem cura.
Com o passar do tempo, Jason foi perdendo um a um os movimentos do corpo. Primeiro das pernas, depois braços – obrigando-o a parar de tocar guitarra – e, por fim, a fala. A ALS não atingiu seu cérebro e nem sua audição ou visão, mantendo-o portanto plenamente lúcido e capaz de observar e ouvir tudo, ainda que esteja “preso” dentro do próprio corpo.
Estabilizado, atualmente, Jason respira com a ajuda de um aparelho que controla o funcionamento de seu diafragma e comunica-se através de um sistema desenvolvido por seu próprio pai, Gary, que dividiu as letras do alfabeto em grupos de quatro, numa tela, onde Jason direciona seus olhos, formando palavras.
Superação
Apesar de paralisado, incapaz de falar ou de tocar, Jason jamais desistiu de sua paixão pela música. Em casa, Jason continuou compondo e gravando em seu estúdio particular. Com o auxílio de um programa de computador, ainda consegue compor músicas. Foi dessa forma que ele lançou o álbum Perspective, em 1996. Parece um milagre, mas Jason ainda dá entrevistas e é muito bem-humorado, por sinal.
Vários tributos foram lançados em homenagem a Jason Becker. Músicas como “Altitudes” e “Serrana” são freqüentemente usadas como peças de estudo por guitarristas.
Dá só uma olhada na discografia do cara:
Speed Metal Symphony — 1987 (com o Cacophony)
Go Off! — 1988 (com o Cacophony)
Perpetual Burn — 1988
A Little Ain’t Enough — 1991 (com David Lee Roth)
Perspective — 1996
The Raspberry Jams — 1999
The Blackberry Jams — 2003
Collection — 2008
Boy Meets Guitar — 2012
Tá a fim de saber mais sobre esse super guitarrista?
Então dá uma sacada no documentário produzido em 2012 sobre a vida e obra de Jason Backer:
“Jason Becker Not Dead Yet”